A relação entre a estratégia e o coaching: Uma abordagem empírica

          Você pode não estar fazendo coaching e sim terapia, só que mais caro!!! Desde o ano de 1998 o coaching tem seu crescimento acendente no senso comum da sociedade brasileira. Eu conheci o coaching no ano de 2005 quando me dediquei em um processo dinâmico, forte, impulsionador que nada tinha da prazeroso. É....... coaching não é para ser prazeroso. Ao longo de minha jornada nas empresas em que passei como gestor ou nas conversas informais com diversas pessoas, professores, gerentes, supervisores e jogadores de futebol algumas disseram:

"Estou fazendo coaching e está sendo tão bom para mim, estou me sentindo leve, livre, fluído, estou em conhecendo e estou cuidando melhor de mim, pois resolvi um problema amoroso, aumentei minha auto estima, voltei para a academia, normalize a pressão arterial, voltei a conversar com meu pai, e estou muito mais relaxado que antes do coaching".

          Se você teve resultados como estes acima, sinto muito em lhe dizer que você não fez coaching, NÃO MESMO!!! Você fez um bom processo de terapia com técnicas de psicologia que são ótimas para resolver os mesmos problemas que acima foram resolvidos. Portanto se são estes os resultados que você esperava demita seu coach hoje e contrate um psicólogo. Uma abordagem do que seria a psicoterapia e que você pode ter feito no lugar de coaching está descrito nesta citação abaixo:

Podemos dizer que a psicoterapia é um tratamento de colaboração com base na relação entre o paciente que pede ajuda e o psicólogo, cuja função é essa. Fundamentada no diálogo e baseada na ciência da psicologia, a psicoterapia fornece uma ambiente de apoio que lhe permite falar abertamente com alguém que é o objetivo, neutro e imparcial. Você e seu psicólogo trabalharão em conjunto para identificar e mudar os padrões de pensamentos e de comportamentos que estão o impedindo de se sentir melhor.

          Logo, as pesquisas que culminaram neste artigo expressam uma verdade: Há profissionais de área de coaching que atuam com técnicas de psicologia (incluindo testes e inventários de comportamento) mas que não são formados em psicologia, e há psicólogos que atuam com o coaching em seus segmentos e vendem este serviço mas fazem psicoterapia.




          Esta relação estreita entre psicologia e coaching vem da dificuldade encontrada por algumas escolas em separar o que é uma e o que é outra. Para começarmos a diferenciar bem uma coisa da outra basta salientar que:

Psicologia é absolutamente uma CIÊNCIA e Coaching é absolutamente um senso comum!

          Esta é a maior diferença entre as duas coisas, além disto dizer que "coaching é cura" é um conceito não fundamentado cientificamente baseado em senso comum que não expressa nenhuma verdade científica e que como disse o Filósofo Luiz Felipe Pondé em https://www.youtube.com/watch?v=_2MO3JDyajA este tipo de abordagem pode levar a pessoa a ficar cada vez mais doente.

          Outra questão que preocupa em relação ao coaching é sua aplicação irresponsável de técnicas consolidadas no meio psicológico por pessoas não capacitadas que fazem um curso de oito dias em um trabalho de conclusão de curso que já vem pronto pela metade, faz também um cartão de visitas, apresentam um Power Point colorido, se diz um profissional coach e produzem resultados reprováveis ou na melhor das hipóteses resultados muito questionáveis.

Então o que é coaching?

          Uma dentre as muitas boas definições do que é o coaching foi escolhida dentre os dezenove conceitos disponíveis na internet mais fáceis de serem encontrados:

Coaching é um processo que visa elevar a performance de um indivíduo (grupo ou empresa), aumentando os resultados positivos por meio de metodologias, ferramentas e técnicas cientificamente validadas, aplicadas por um profissional habilitado  (o coach), em parceira com o cliente (o coachee)
Villela Da Mata & Flora Victoria

          Embora os autores da definição acima tenha enfatizado a questão científica aplicada ao coaching, é importante salientar que ele se refere às técnicas que são utilizadas e não ao coaching em sua totalidade.  

          Além disto, em um processo de coaching é importante dizer que todas as sessões e técnicas que serão utilizadas devem formar uma ligação obrigatória e linear entre elas onde uma se funde a outra e juntas formam um conjunto de forças que levam o cliente para mais próximo de seus resultados, clarificando o caminho que ele deve seguir. Esta ligação que enfatizo obedece a três conceitos básicos utilizados em diversas áreas do conhecimento humano que são: Mecanicismo, Determinismo e Reducionismo.

          Mecanicismo: O processo de coaching acontece como uma máquina onde todas as peças são importantes e contribuem concomitantemente com o resultado final, que é o objetivo definido pelo cliente.

          Determinismo: No processo de coaching os resultados acontecem por fatores impulsionados por causas anteriores, ou seja, uma sessão determina os rumos, e as técnicas das próximas sessões.

          Reducionismo: Durante e após o processo de coaching o cliente precisa visualizar o seu projeto como um somatório de partes menores e ele compreende bem a todas estas partes.

        Basta dizer que, para verdadeiramente acontecer o coaching, ele precisa em si de um ingrediente fundamental , necessário e obrigatório que o homem domina desde que passou a dominar o fogo e passou a buscar maiores e melhores patamares de operações em sua vida, ele precisa da ESTRATÉGIA.

          Coaching sem estratégia é terapia mal feita, e pode levar o cliente a ficar doente mentalmente, ansioso, confuso e muito mal orientado.

       A estratégia aplicada ao coaching ajudará o coach e o coachee a organizarem os recursos disponíveis de modo que o cliente conquiste o seu maior sucesso no futuro (RESULTADOS), a estratégia estará presente no processo de coaching, antes, durante e após as sessões e será executada com ênfase e prioridade máxima pelo coachee com ajuda do coach, e a execução desta estratégia elevará a performance do cliente arrebatando-o de sua zona de conforto e é por isto que jamais o coaching será prazeroso, JAMAIS!!! Isto acontece porque o coaching devidamente praticado lhe coloca fora de sua zona de conforto e estar fora da zona de conforto exige foco, visão, direção, determinação, disciplina, entusiasmo, acuidade, auto dependência, condicionamento, adaptação, embasamento, fundamento, engajamento, comprometimento, afinação, força, sinergia, sabedoria, estudos, busca, investimentos, horas extras de trabalho, pensamento sistêmico, harmonia, equilíbrio, continuidade, perseverança, insistência, persistência, paciência, sacrifícios, domínio próprio, demanda assumir riscos calculados,  demanda conspirar-se para o sucesso, ou seja: demanda um espírito estrategista, competente e maduro o suficiente para fazer tudo aquilo que precisa ser feito e para decidir sobre tudo aquilo que precisa ser decidido. 

          Assim como disse o Professo Luiz Fernando da Silva Pinto, maior filósofo e cientista da área da estratégia de todos os tempos:

A estratégia sempre foi na história de desenvolvimento do homem o fator que separou vencedores de perdedores e ainda é.


          O ideal é fazer um processo de coaching e ao mesmo tempo ir se fortalecendo estrategicamente buscando novas habilidades e competências criando maturidade estratégica para fazer sempre o que precisa ser feito. A estratégia não é somente um conceito a ser pulverizado nos segmentos de atuação do homem, ela é muito mais do que isto, a estratégia é dotada de altura, profundidade, largura e densidade, está presente na relação entre o homem, o arco e a flecha, pois ela é flecha, e está na vida do homem em em seu pensamento consciente e também em todos os seus sucessos como o fator que o condicionou a receber em seus projetos a recompensa pelos seus esforços, ela é a alma de seus projetos, e também a alma do estrategista, ela é harpoon. 

Referências:

Freud, Sigmound. (2011) Psicologia das massas. Companhia das Letras. SP
Freud, Sigmound. (1987) Além do princípio de prazer – Psicologia de grupo. Imago. RJ
Lobato, David Meneses; Filho, Jamil Moysés, Torres, Maria Cândido Sotelino; Rodrigues, Murilo Ramos Alambert. Estratégia de empresas. Rio de Janeiro. FGV 8ª Ed, 2006

Pinto, Luiz Fernando. (2002) Gestão cidadã. Rio de Janeiro. FGV.
Pinto (2007) Sagres - A revolução estratégica. Senac. DF
Pinto, Luiz Fernando da Silva. (2008) O fator archer. Senac. DF
Pinto, Luiz Fernando da Silva.(2011) O trigo a água e o sangue. Ed. SENAC. 2011. DF.
Tzu, Sun. (2000) A arte da guerra. L&PM. POA.
Tzu, Sun (2014) A arte da guerra. Hunter. Ed 1ª. São Paulo.
VANDERBOS, Gary R. Ph.D. (2010) Discionário de psicologia – American Psychological Association. APA. Artamed. São Paulo


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